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A Santíssima Virgem foi em graça plena a Mãe da do Divino Redentor, seu associado mais do que outros, e a humilde serva do Senhor. Ao conceber Cristo, ao criá-Lo, ao nutri-Lo, so apresentá-Lo ao Pai no templo, no sofrimento com o seu Filho quando Ele morreu na cruz, ela cooperou na obra do Salvador, de um modo completamente singular, por obediência, fé, esperança e amor ardente. O Concílio Vaticano II diz-nos que ela foi também mãe ao compartilhar a obra de Cristo, como seu associado, até mesmo ao ponto de compartilhar a obra da redenção.
Devemos realmente chamá-la Mãe Eterna – a Maternidade do seu Filho Divino foi planeada por toda a eternidade, como o Concílio nos afirma. Quando Deus decretou enviar o Seu Filho para assumir a natureza humana, a determinação incluio a provisão de uma mãe. Por isso é evidente: Maria foi eternamente escolhida para Mãe de Cristo.
Não sofreu as dores do parto, como mães comuns – uma grande obra, repleta do perigo da morte, antes dos avanços da medicina moderna. “Deus não diminuiu, mas consagrou a sua integridade virginal”. No entanto, ela sofreu uma dor excruciante no Calvário.
O seu sofrimento tinha começado anos antes, no dia da Anunciação. Ela iria compreender as terríveis palavras de Isaías no capítulo 53 sobre o cordeiro, ferido por causa das nossas transgressões, levado ao matadouro. Maria comprometeu-se com o grande sacrifício, quando apresentou Jesus no Templo. “Eis que venho para fazer a tua vontade ó Deus.” Essa temerosa promessa de consentimento era para continuar, para culminar ao sopé da cruz. O custo foi além da compreensão de qualquer criatura.
A mãe tem um segundo papel a desempenhar: cuidar da nova vida, enquanto ela está disposta, capaz e é necessária. Na vida, chega um momento em que a mãe não é realmente muito necessária, para que a criança cresça até à idade adulta. Mas na vida espiritual, permanecemos crianças na necessidade de graça, até atingirmos o Céu. Alcançamos todas as graças através dela porque o Vaticano II ensinou-nos que ela é a Medianeira. Compartilhou na obtenção de todas as graças, e compartilha igualmente na distribuição de todas as graças. Portanto, necessitamos dela a vida inteira.
Uma mãe comum deve cuidar atenção enquanto está disposta e capaz. Algumas mães humanas infelizmente deixam de estar dispostas ou capazes, mas a Mãe de Deus está sempre disposta e capaz para os seus filhos. O Papa Bento XV chamou-a “omnipotência suplicante”, porque ela pode solicitar e obter poder inerente a Deus.
Em 19 de Junho de 1947, o Papa Pio XII enviou uma mensagem para o Congresso Mariano de Ottawa, no Canadá. Ele disse: “quando a pequena dama de Nazaré pronunciou o seu fiat à mensagem do anjo … ela não se tornou apenas a Mãe de Deus, na ordem física da natureza, mas também na ordem sobrenatural da graça ela tornou-se a mãe de todos os que … seriam um sob a liderança do seu divino Filho. A Mãe do Chefe seria a Mãe dos membros. “Seu filho é a Cabeça do Corpo Místico e nós somos os membros. Realmente não poderia tornar-se a mãe do chefe sem tornar-se a Mãe dos membros do seu Filho. Começou na Anunciação e efetuou-se, com imensa dor no Calvário. Qualquer alma cresce muito com grande sofrimento. Maria estava cheia de graça, desde o início, e a sua capacidade de graça cresceu todos os dias da sua vida.
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